Moqueca de peixe

Eu adoro moqueca! E essa fica divina!

É um prato leve e muito saudável! Perfeito para o nosso clima tropical. Mas também é muito reconfortante num dia frio!

A moqueca é um ensopado, geralmente à base de peixe e/ou frutos do mar, bem temperado e que dependendo das variações, vai leite de coco, azeite de dendê, urucum, coentro, pimentas…

Dizem que o que dá a característica primordial à moqueca é a panela de barro. Essa panela é responsável pelo cozimento uniforme dos peixes e dos frutos do mar e pela perfeita harmonização com os temperos, dando ao prato um sabor único e mantendo-o quente por mais tempo.  Mas dá pra fazer moqueca sem panela de barro, uma frigideira comum serve e o sabor também fica delicioso. É claro que a panela de barro dá um charme extra, mas não deixe de fazer moqueca pela falta desta!

A moqueca é a expressão da união das diversas culturas que formaram o povo brasileiro. Sua origem é fruto de influências indígena, africana e portuguesa, misturando técnicas e ingredientes desses três povos em um prato tipicamente nacional. 

Os indígenas contribuíram para a criação da moqueca com um modo de preparar o peixe assado numa folha de bananeira ou caeté e davam o nome de pokeka, que em tupi significa algo como um enrolado. Além disso, os fornos primitivos utilizados pelos indígenas para esse preparo eram chamados de “moquém”.*

As técnicas de cozimento indígena e a disponibilidade de peixes misturaram-se à tradição portuguesa dos “cozidos”.

Com a chegada dos africanos ao Brasil, outros ingredientes foram acrescentados à receita da moqueca de peixe, como o azeite de dendê, pimenta malagueta e o leite de coco. Assim, a junção da cultura africana , europeia e indígena deu origem a um prato apreciado em todo o país pela sua riqueza de sabores.

A escolha do peixe depende de você, mas fica melhor com um peixe mais carnudo e firme como o cação em postas, robalo, dourado, pintado, badejo, namorado, papaterra, dentão, filhote e garoupa. Entretanto, é possível inovar na escolha do peixe, utilizando, por exemplo, o bacalhau fresco ou a tilápia. Eu estou usando filé de tilápia, que também fica bem bom. Gosto do sabor e textura da tilápia.

O grande segredo pra essa moqueca ficar tão gostosa, é passar os peixes na farinha de arroz e fritar em um pouco de azeite. Assim quando você colocar os peixes no molho, não vão desmanchar.

Eu também estou usando peixe congelado, basta descongelar e secar com papel toalha. Prático assim!

Antes de passar na farinha de arroz, eu passo um pouco de sal em cada filé. E também tempero a farinha com sal e páprica doce.

Frito em um pouco de azeite até dourar os dois lados do peixe. Mantenho no forno aquecido até fritar todos.

Numa frigideira grande, coloco alho picado, pimentão verde e vermelho cortado em pedaços e cebola em rodelas. Tempero com sal . Deixo murchar um pouco e disponho os peixes por cima dessa caminha de vegetais. Aí é só colocar o molho por cima de tudo, algumas rodelas de tomate e deixar cozinhar um pouco com a panela tampada até que o molho fique encorpado.

O molho é só leite de coco e molho de tomate, temperado com sal e pimenta do reino moída na hora. O molho de tomate também fica à sua escolha. Eu gosto de usar tomates pelados em lata, é só bater no míxer e tá pronto.

E pra finalizar, coentro fresco picado por cima, quando já estiver pronto pra servir. Se você não gosta de coentro, use salsa, mas te garanto que não é igual. O coentro fresco dá personalidade ao prato. Vou te contar… Eu tinha preconceito com o coentro, até experimentar a comida tailandesa, que não é nada sem ele, e mudei completamente minha opinião, do ódio ao amor. Então, dê uma chance ao coentro, quem sabe você também se apaixona.

Pra acompanhar, um arroz branco e fritas.

Esse prato rende bem, eu calculo 1 filé por pessoa, pra ficar bem servido. Mas se você quiser fazer a mais pra sobrar, dá pra esquentar no micro ondas, e fica tão bom quanto no dia. E convenhamos, se dá pra facilitar o almoço do dia seguinte, maravilha né?

Vamos fazer moqueca?

Depois me conta como ficou a sua!

Ingredientes:

  • 4 filés de Tilápia
  • 1 pimentão verde pequeno
  • 1 pimentão vermelho pequeno
  • 1 cebola pequena
  • 1 tomate maduro
  • 2 dentes de alho picados
  • 1 vidro de leite de coco
  • 1 lata de tomates pelados batidos
  • 1/2 xícara de farinha de arroz para passar no peixe
  • sal e pimenta do reino
  • azeite para fritar
  • Coentro à vontade para finalizar

Modo de preparo:

  1. Seque os filés de peixe com papel toalha. Tempere com sal.
  2. Passe os filés na farinha de arroz, também temperada com sal e páprica. A páprica é opcional.
  3. Frite no azeite até dourar um pouco. Vire e frite o outro lado do peixe.
  4. Mantenha os filés no forno aquecido, até fritar todos.
  5. Numa frigideira grande, refogue o alho, os pimentões e a cebola, até ficarem macios.
  6. Misture o leite de coco com o molho de tomate. Salgue e reserve.
  7. Disponha os peixes sobre a cama de vegetais na frigideira, coloque rodelas de tomate maduro em cima dos peixes e despeje o molho por cima.
  8. Tampe a panela e deixe cozinhar até que o molho fique encorpado. Desligue o fogo e coloque bastante coentro fresco picado por cima.
  9. Sirva com arroz branco e batata frita.

Rende 4 porções.

*CASCUDO. Luís da Câmara, História da Alimentação no Brasil. Global, 2004.

Sagú de maracujá

Sagú é uma das sobremesas mais típicas do Brasil, pois é feito de mandioca, nossa velha conhecida. Base alimentar do indígena, a mandioca é um tubérculo muito versátil. Faz com ela a farinha, o polvilho, a tapioca… E o sagú, pequenas esferas feitas com o tubérculo seco e que se transformam em goma quando cozidas.

Sagu era originalmente as bolinhas de amido extraído dos saguzeiros, uma espécie de palmeira do sudeste asiático. Depois que a mandioca foi introduzida nessa região da Ásia durante o período colonial, seu amido tornou-se uma alternativa para a produção das bolinhas de sagú, e o nome “sagú” passou a ser usado tanto para referir-se às bolinhas extraídas do amido dos saguzeiros quanto às bolinhas produzidas com o amido da mandioca (tapioca) ou com fécula de batata, na culinária europeia*.

A maneira de saborizar o sagú com vinho, é herança dos portugueses. Quando a família real aportou nestas terras, trouxeram a receita de um mingau doce, feito com vinho e fécula de batata. Com a fartura de mandioca nestas bandas, logo substituíram a fécula de batata pelo versátil tubérculo tupiniquim.

Mas o sagú em bolinhas que conhecemos, foi criado bem mais tarde, com os imigrantes italianos e alemães. Com a cultura do vinho na bagagem, acrescentaram a bebida ao cozido de bolinhas de sagú.  Inclusive, algumas receitas tradicionais alemãs que usavam a fécula de batata, como o Rote Grütze, um “mingau vermelho”, lembra muito o sagú por ser uma mistura de amido com frutas vermelhas.

O sagú que a gente guarda na memória é aquele feito com vinho tinto suave, que já é mais doce. Há variações no preparo, como colocar um creme de baunilha em cima do doce já pronto. Eu gosto assim, sem muito açúcar no sagú, deixando a doçura por conta do creme.

Eu sempre fiz esse, até que um dia, pesquisando mais sobre o sagú, vi que no sul do país é bem comum fazer o sagú com suco de frutas, como suco de laranja, suco de abacaxí e outras frutas.

Também dá pra fazer sagú de espumante, e a gata borralheira vira Cinderela para uma sobremesa mais fina! Dá pra fazer sagú com leite de coco! E até de chocolate, que os gringos chamam de tapioca puding. E o referido aqui neste post: Sagú de maracujá! Eu amo maracujá! Não é atoa que os franceses o chamam de fruit de lá passion. Delicada, refrescante e perfumada! A fruta com cara de verão!

Mas sagú também pode ser consumido quente, como sobremesa de inverno. Uma opção atraente é colocar o sagú quente num prato e 2 bolas de sorvete por cima!

Mas voltando ao sagú de maracujá… Quando penso nessa fruta, me vem à cabeça mousse, torta, cobertura de Pavlova, bolo e tantas outras delícias. Só que sagú era com vinho! Memória enraízada da infância!

Até que resolvi provar. E não me arrependo. Entrou pra lista de gostosuras de maracujá citada acima!

Eu tinha sagú e tinha maracujá em casa. E saiu essa sobremesa delicada e leve. Ótima para servir num dia quente de verão. E tão simples! Mas dá a impressão de chique, pois o maracujá causa essa impressão nas pessoas. Depois que já tinha feito a foto, resolvi experimentar com um creme de leite de aveia que eu tinha na geladeira… E ficou muito bom também! Se você quiser preparar o creme, tem receita aqui no blog: https://alergiazero.blog/2021/04/23/creme-de-leite-de-aveia/

Então vamos fazer sagú?!

Ingredientes:

  • 500 ml de água
  • 230 g de açúcar refinado
  • 150 ml de suco de maracujá natural
  • 100 g de sagú

Modo de preparo:

  1. Deixe o sagú de molho na água por 30 minutos
  2. Leve para ferver. Mexa sempre pra não grudar no fundo da panela.
  3. Cozinhe o sagú por 30 minutos ou até que as bolinhas fiquem quase transparentes.
  4. Adicione o açúcar e o suco de maracujá.
  5. Continue mexendo até que diminua o volume de líquidos e as bolinhas fiquem macias. Se você gosta do sagú mais firme, desligue o fogo antes das bolinhas ficarem transparentes.
  6. Deixe esfriar na panela, mexendo de vez em quando.
  7. Quando estiver completamente frio, coloque o sagú em taças ou numa tigela e leve para gelar.

Rende 6 porções de 150g

*Quer saber mais sobre a história dessa sobremesa que representa o Brasil? Veja aqui:http://www.historiadaalimentacao.ufpr.br/artigos/Artigos_PDF/Sagu.pdf

Massa de torta salgada

Imagina uma base de torta sem glúten, sem ovos, muito gostosa e ainda lowcarb!

Bom demais pra ser verdade né? Mas é!

Essa massa usa somente 2 ingredientes: grão de bico cozido e farinha de amêndoas. O grão de bico pode ser de caixinha ou você pode cozinhar em casa. Guarde o líquido do cozimento para outras receitas, aqui no blog tem receita com o aquafaba, basta congelar. Veja aqui receita de uma deliciosa Pavlova https://alergiazero.blog/2019/11/02/pavlova/

Eu gosto de usar as sobras de frango assado do almoço de domingo, pois sobra bastante peito… É muito prático, pois já está até temperado, basta desfiar o peito de frango, misturar milho em lata, requeijão vegano e salsa picada, e levar pra assar com essa massa.

Mas vou deixar o recheio por sua conta. Pode ser frango,pode ser de legumes, tipo uma ratatuille (beringela, abobrinha, tomate, cebola e molho). Pode ser de atum ou sardinha com tomates…Escolha o que mais lhe agrada.

Qualquer recheio com essa base fica bom! Ela transforma-se numa torta prática, ideal para aquelas noites de domingo, que a gente tá com preguicinha. Rápida, fácil e deliciosa! Basta uma salada pra acompanhar.

Eu nunca testei para torta doce, mas se você quiser, aqui no blog tem receita de torta de chocolate. A massa é um pouquinho diferente, e é mais adequada para torta doce. Veja aqui: https://alergiazero.blog/2019/04/20/torta-de-chocolate-com-massa-de-amendoas/

Para essa massa você vai precisar de:

  • 300g de grão de bico cozido e drenado
  • 250g de farinha de amêndoas
  • 1 colher de sopa de azeite

Como fazer:

  1. No processador bata um pouco o grão de bico
  2. Acrescente a farinha de amêndoas e o azeite e bata até misturar bem e formar uma bola de massa
  3. Unte com azeite uma forma de fundo removível
  4. Coloque a massa na forma e com as mãos distribua a massa pelo fundo e laterais da fôrma. Unte a mão com azeite para facilitar.
  5. Pré-asse a massa até secar levemente.
  6. Coloque o recheio escolhido e volte ao forno.

Frango assado na cerveja (sem glúten) com cebolinha pérola

Essa receita é para aqueles almoços de domingo, sem pressa e sem grandes pretensões, mas cheios de aconchego.

O frango é assado lentamente na cerveja com as cebolinhas. E no final o frango está corado e envolto por um molho gelatinoso e perfumado, que acontece da reação química da cerveja com a acidez das cebolinhas e o colágeno da pele do frango.

Quando a gente põe tudo pra cozinhar, parece que não vai dar certo, mas olha essa foto e confia!

Tudo começa na boca do fogão, numa frigideira grande e com tampa, que possa acomodar tudo. Depois vai para o forno, e fica lá em temperatura bem baixa, até estar tudo bem assado e suculento. Se você tiver uma dessas frigideiras que vão ao forno, melhor ainda. Nem precisa mudar pra uma assadeira.

Nesse assado, é necessário usar as sobrecoxas desossadas com pele. É a pele que faz a mágica acontecer.

Você vai precisar de bastante cebolinhas. Porque depois de assadas você vai querer comer muito delas!

Na foto eu usei também tomatinhos cereja, porque eu já tinha um pouco, mas não fazia parte da receita, foi um adendo que ficou muito bom! A salsa picadinha pra finalizar a preparação também é um extra, mas vale a pena, o prato fica bem bonito.

Para acompanhar basta um espaguete alho e óleo ou purê de batata ou de mandioquinha. Se você optar pelo purê, você pode ainda fazer uns vegetais no vapor, como vagens, brócoli e cenouras. Se você tiver a sorte de conseguir cenouras novinhas, coloque pra assar junto! Seu almoço vai ficar espetacular! Ah… E se já estiver fazendo um friozinho, com uma polenta fica muito bom!

Quando eu faço assados, já faço pra 2 dias, pra valer a pena o calor do forno. Então usei 6 sobrecoxas, que é a quantidade que cabe na minha frigideira. Se não for servir tudo de uma vez, você pode reaquecer no forno ou na frigideira e servir no jantar ou no almoço do outro dia. Esse é um daqueles pratos que vão ficando melhores quando reaquecidos.

Então eu começo descascando as cebolinhas… E reservo.

Tiro um pouco do excesso das peles das sobrecoxas, mas não muito. Passo sal dos dois lados das sobrecoxas. Coloco todas na frigideira com a pele pra baixo. Ligo o fogo e deixo fritar um pouco, em um fiozinho de óleo, só pra não grudar. Assim que começar a dourar, vire as sobrecoxas com a pele pra cima. Polvilhe páprica doce em todas elas. Disponha as cebolinhas e vire 1 lata e meia de cerveja sem glúten. Se a sua frigideira for grande e permitir, pode por 2 latas de cerveja. Tampe e deixe cozinhar por 30 minutos em fogo alto. Se a sua frigideira puder ir ao forno, tire a tampa e leve pra assar em forno baixo por 1 hora e meia. Se você não tem frigideira de ir ao forno, passe tudo pra uma assadeira.

Se você for fazer o espaguete, escolha a sua marca preferida sem glúten, tem opções tão boas quanto as com glúten, e também não são caras.

Mas e o glúten da cerveja? Calma! Hoje já é possível que um celíaco ou alérgico possa tomar a sua gelada sem preocupação. Existem no mercado muitas marcas de cerveja livre de glúten, inclusive boas marcas nacionais.

Para garantir que a cerveja fique livre de glúten, um dos métodos de fabricação usa técnicas de filtragem com os ingredientes originais da bebida, como o centeio, cevada e malte. Essa filtragem reduz os níveis de glúten a um grau aceitável para quem é intolerante à proteína (abaixo de 6ppm).

Já o outro método, utiliza grãos como millete, sorgo, trigo sarraceno e outros ingredientes que são naturalmente livres de glúten.

Então escolha a sua cervejinha, prepara esse frango maravilhoso e aproveita pra tomar uma acompanhando esse prato delicioso, que tenho certeza que você vai adorar e passar a fazer sempre.

Então vamos à receita!

Ingredientes:

  • 6 sobrecoxas desossadas com a pele (remova somente os excessos mais gordos de pele)
  • 500g de cebolinha pérola descascadas ( Deixe de molho em água, isso facilita pra descascar)
  • 2 latas de cerveja sem glúten
  • Sal e páprica a gosto
  • Salsa picada para finalizar

Modo de preparo:

  1. Passe sal nos dois lados das sobrecoxas.
  2. Coloque em uma frigideira grande com um fio de óleo, com a pele virada para baixo. Deixe fritar um pouco até começar a corar a pele. Vire as sobrecoxas com a pele para cima.
  3. Polvilhe páprica doce.
  4. Junte as cebolinhas.
  5. Adicione 1 lata e meia ou 2 de cerveja sem glúten, até que cubra todo o frango.
  6. Tampe e deixe cozinhar em fogo alto por 30 mitutos.
  7. Retire a tampa e leve a frigideira ao forno baixo. Se a sua frigideira não vai ao forno, transfira tudo para uma assadeira. É importante que a cerveja cubra parcialmente o frango e as cebolinhas.
  8. Asse em forno baixo (220ºC) por mais ou menos 1 hora e meia.
  9. Quando as sobrecoxas estiverem coradas e as cebolinhas macias, desligue o forno.
  10. Se sobrar muito liquido, retire do forno e reduza um pouco na boca do fogão.
  11. Sirva com espaguete ou purê de batata ou uma bela polenta.
  12. Salpique salsa picada para finalizar o prato.

Opcional: Se quiser, adicione tomatinhos cortados ao meio quando estiver quase pronto o assado.

Esse prato serve 6 porções

Smoothie de açaí e morango na tigela

Você já experimentou smoothie? Tradicionalmente, smoothie é um gelado de frutas pra beber. Muito conhecido do público fit, como estratégia para perder peso. Geralmente bate-se no liquidificador algumas frutas congeladas, vegetais e um líquido para fazer a bebida.

Nessa versão mais encorpada, também usamos frutas congeladas, só que com menos líquido na receita, para comer de colher mesmo. Fica parecendo um sorvete de frutas, muito refrescante e saudável!

Você pode fazer a combinação que quiser, a criatividade aqui é sem limites. Fica ótimo misturar manga com morango, abacaxi com morango, manga com mamão, morango e kiwi…

Nessa receita eu usei açaí e morango, uma bomba de vitamina C! E ficou uma delícia!

Eu usei açaí com adoçante, e os morangos estavam bem maduros, então a mistura ficou mais leve e muito refrescante.

O açaí é muito conhecido por quem pratica esportes, pois garante muita energia pra gastar! Mas todo mundo deveria incluir essa frutinha nacional na dieta. Consumida com moderação, ela apresenta muitos benefícios à saúde.

Rica em antioxidantes, assim como o blueberry e as uvas roxas, ela previne o envelhecimento precoce das células, melhorando pele e cabelos. O açaí também tem propriedades de controlar o colesterol, a pressão arterial, aumentar a imunidade, prevenir doenças degenerativas e reduzir risco de câncer.

Essa tigela é uma ótima opção pra quem não consegue encontrar sorvete sem glúten e sem leite, além de ser muito mais saudável!

Ingredientes:

  • 150g de polpa de açaí sem açúcar, congelada
  • 150g de chá de morangos congelados
  • 1/2 xícara de chá de água de coco ou água
  • banana fatiada e granola para finalizar

Modo de fazer:

  1. Coloque a polpa de açaí, os morangos e a água de coco no processador ou liquidificador potente
  2. Bata algumas vezes, pare e raspe as laterais com uma espátula. Bata mais até ficar cremoso
  3. Coloque numa tigelinha e adicione as bananas e a granola.

A cobertura é opcional, mas açaí, banana e granola super combinam. Experimente! Aqui no blog tem receita de granola caseira. Deliciosa! veja aqui: https://alergiazero.blog/2019/04/12/granola-especial/

Salada de macarrão

Pra esses dias de muito calor, nada melhor do que uma refeição leve e refrescante.

Eu amo essa salada de macarrão, que pode ser uma entrada, acompanhamento e até mesmo o prato principal.

Muito leve e nutritiva, pois você pode colocar tantos ingredientes que quiser.

Eu gosto de azeitona preta, tomatinhos, salsão, tofu, manjericão, milho…

E ainda dá pra fazer com sobras de macarrão! Sabe quando você cozinha macarrão a mais e acaba ficando na geladeira? Então faz uma salada!

O macarrão pode ser o parafuso ou o penne, ficam melhores. Hoje existe no mercado várias marcas de macarrão sem glúten, que não são caras. Escolha a que você mais gosta.

O molho pode ser uma maionese vegana, iogurte vegano natural ou creme de leite vegetal. Todos eles tem a função de aglutinar os outros ingredientes.

Dá pra deixar na geladeira e servir num churrasco! Fica muito bom e foge da mesmice da salada de maionese e farofa. É bom variar de vez em quando né?

Vamos à receita?

Ingredientes:

  • 200g (2 xíc. de chá) de macarrão parafuso ou penne sem glúten
  • 1/2 xíc. de chá de azeitona preta sem caroço e picada grosseiramente
  • 1 xíc. de chá tomatinhos cereja cortados ao meio
  • 1/2 xíc. chá de cenoura ralada
  • 1 xíc. de chá queijo vegano da sua preferência cortado em cubinhos
  • 1/2 xíc. chá de salsão cortado em pedacinhos
  • 1/2 xíc. de chá de folhas de manjericão
  • 1/3 de xíc. de chá de salsa picada
  • 1/2 xic. de chá de maionese vegana ou iogurte ou creme de leite vegetal
  • Sal, pimenta e azeite à gosto.

Modo de fazer:

  1. Cozinhe o macarrão al dente. Escorra, coloque um fio de azeite, misture e espere esfriar.
  2. Acrescente os demais ingredientes.
  3. Tempere com sal, pimenta e azeite e misture tudo.
  4. Reserve na geladeira, coberto por filme plástico até a hora de servir.

Serve 4 a 6 porções

Bolo de caneca de banana e aveia

Quem não adora bolo de caneca? Rápido e prático! E mata aquela vontade de bolo que vem do nada!

E se for um bolinho sem glúten, sem ovo e sem lácteos? Melhor ainda né?

Eu já deixei aqui no blog uma receita de bolo de chocolate de caneca ( veja aqui: https://alergiazero.blog/2021/04/17/bolo-de-caneca/ ). E agora fiz este de banana e aveia. Uma combinação perfeita!

Eu finalizei meu bolinho com banana em fatias, mel e canela em pó. Se você for vegano, pode usar melado ou só a canela.

Uma delícia pra comer no café da manhã ou no lanche da tarde!

Ingredientes:

  • 1 banana nanica pequena
  • 1 colher de sopa de açúcar demerara
  • 1 colher de sopa de farinha de aveia
  • 1 colher de sopa de aveia em flocos
  • 1 colher de sopa de farinha de arroz
  • 1 colher de café de fermento em pó
  • 3 colheres de sopa de leite vegetal (Eu usei de amêndoas, mas de aveia também fica ótimo. E tem receita aqui no blog)
  • Banana fatiada, mel e canela em pó a gosto

Modo de preparo:

  1. Amasse a banana com um garfo.
  2. Misture todos os ingredientes, menos a canela e o mel.
  3. Coloque numa caneca e leve ao micro-ondas por 1 minuto e 40 segundos.
  4. Espere esfriar e finalize com banana fatiada, mel e canela em pó.

Pão lowcarb

Abusou na comilança de final de ano? Tudo bem! Não tem problema…Uma vez ou outra não vai te prejudicar, o importante é manter o equilíbrio durante o ano.

Mas se você já quiser começar o ano com uma dieta lowcarb, aqui está uma receita de pão deliciosa e com ingredientes de baixo índice glicêmico. E ainda muito fácil de se fazer.

Com ingredientes de baixo carboidratos, exceto pelo mel ou demerara que é necessário para alimentar o fermento, todas as farinhas são oleaginosas.

Esse pão fica parecendo aquele pão rústico alemão (kräuter brot) no sabor, lembra um pouco cevada. A textura é macia e um pouco úmida.

Fica muito bom para fazer sanduíches. Eu gosto de fatiar o pão depois de frio e congelar as fatias, assim eu tenho sempre a mão uma refeição rápida e deliciosa. Basta tirar do congelador 2 fatias do pão e tostar levemente na torradeira ou numa frigideira, e colocar fatias de frios, creamcheese e salada, e você tem um almoço lowcarb. Se você gosta de abacate, experimente colocar fatias no seu sanduíche.

Nem preciso dizer que fica muito bom só com uma manteiguinha né? Se você tem alergia à lácteos, experimente a manteiga de côco, é muito gostosa!

Além de ser um pão muito nutritivo, ele te causa saciedade, pois é rico em fibras, e assim colabora com a sua dieta.

Se você é do time que não consegue ficar sem o pãozinho de cada dia e está fazendo dieta lowcarb, então essa receita é pra você!

Mas lembre-se: Essa receita é baixa em carboidratos, não em calorias! É ideal se você faz dieta lowcarb e sente vontade de comer pão. E não se esqueça de fazer exercícios! Esse pão te ajuda, mas não faz milagre sozinho!

Então vamos fazer pão?

Ingredientes:

  • 120g de farinha de amêndoas
  • 65g de farinha de côco
  • 35g de farinha de chia
  • 25g de psillium
  • 30g de farinha de linhaça
  • 1 colher de sopa de mel ou açúcar demerara
  • 1/4 de colher de chá de sal
  • 1 colher de chá de fernmento químico
  • 10g de fermento biológico seco
  • 400ml de água morna
  • 20ml de azeite de oliva

Modo de preparo:

  1. Prepare o fermento: Num recipiente de vidro coloque o fermento biológico e 100ml de água morna e o mel ou o açúcar. Mexa bem. Tampe com filme plástico e reserve até dobrar de volume.
  2. Misture todos os ingredientes secos.
  3. Adicione o fermento biológico já preparado, o azeite e o restante da água aos poucos.
  4. Mexa até conseguir uma massa pegajosa, mas maleável. Não deve ficar dura, adicione mais água se necessário.
  5. Modele o pão e coloque na forma untada e enfarinhada com farinha de côco ou de linhaça.
  6. Alise a superfície do pão com os dedos molhados em água.
  7. Cubra com um saco plástico e reserve em local aquecido. Pode ser numa bolsa térmica ou dentro do micro-ondas com uma bolsinha de gel aquecida ou ainda numa caixa de isopor com a bolsinha de gel.
  8. Pré-aqueça o forno à 180ºC.
  9. Quando a massa estiver um pouco mais crescida, cerca de 2 horas depois (ela não cresce muito, pois não tem rede de glúten), coloque no forno e asse por mais ou menos 1h e 30 minutos. Quando a casquinha já estiver mais dura e bem corada está pronto.
  10. Retire do forno e deixe esfriar.
  11. Quando conseguir segurar a assadeira, retire o pão e deixe esfriar completamente sobre uma grade.
  12. Corte em fatias e congele-as separadas por um plástico.

Mini bolo com geléia

Enfim é Natal! Um ano muito difícil está terminando! Ufa!

Muitas coisas aconteceram neste 2022, muitas dificuldades foram enfrentadas… Estive ausente das redes sociais, quase não publiquei receitas…

Mas eu queria finalizar o ano compartilhando com vocês uma receitinha, só que não consegui preparar nada antecipadamente. Então lembrei que quando eu era criança, minha mãe fazia um bolo de Natal quando passava-mos por um momento mais difícil. Era um bolo branco, simples, apenas com um recheio de geléia de frutas da estação. mas deixava a gente muito feliz!

Então resolvi fazer uma versão sem glúten, sem leite e sem ovos do bolo da minha mãe. Corri pra cozinha, juntei os ingredientes que eu tinha, abri um pote de geléia, e saiu esses bolinhos fofos! E ficaram deliciosos! Acabaram no dia!

E a simplicidade continua sendo a rainha das virtudes!

O que realmente importa na vida é você estar perto daqueles que você ama e que eles tenham saúde!

Desejo a você um Feliz Natal! Com muito amor, saúde e alegrias!

Ingredientes:

  • 90g de farinha de arroz
  • 90g de açúcar
  • 60g de farinha de amêndoas
  • 35g de polvilho doce
  • 30g de amido de milho
  • 10g de fermento químico
  • 1/2 colher de café de goma xantana (menos de 1g)
  • 200g de creme de leite vegetal *
  • 100ml de leite vegetal ( amêndoas, arroz ou aveia)
  • geléia (qualquer sabor. Eu usei frutas vermelhas)

Modo de preparo:

  1. Unte as forminhas com margarina ou óleo vegetal ( Eu usei forminhas de bombocado, mas pode ser qualquer uma, se for usar de silicone, nem precisa untar)
  2. Pré-aqueça o forno a 180ºC.
  3. Misture todos os ingredientes secos.
  4. Adicione os úmidos e misture novamente, com um fuêt ou com uma colher de pau. Não precisa de batedeira.
  5. Distribua a massa nas forminhas.
  6. Com uma colher pequena, coloque porções de geléia em cima da massa e afunde a geléia um pouco pra dentro da massa.
  7. Leve para assar por mais ou menos 40 minutos ou até dourar por cima.
  8. Retire do forno e coloque os bolinhos sobre uma grade pra esfriarem.
  9. Se desejar, polvilhe açúcar de confeiteiro por cima, ficam com mais cara de Natal ainda!

Nas minhas forminhas (5cm), rendeu 6 bolinhos.

* Se você não encontrar creme de leite vegetal ( de soja, de arroz, de amêndoas…) veja aqui como fazer o seu: https://alergiazero.blog/2021/04/23/creme-de-leite-de-aveia/ O creme de leite não deixa a massa gordurosa, como acontece quando se usa óleo vegetal.

Brigadeiro vegano e sem glúten

Brigadeiro! Não há festa sem ele!

E brigadeiro feito em casa com um bom chocolate, um bom leite condensado, um granulado macio, e às vezes até um pouquinho alcoólico, sem ficar doce de doer… É bom demais!

A história de sucesso desse docinho tão amado pelos brasileiros começou no Rio de Janeiro em 1945, durante uma das eleições presidenciais, e um dos candidatos era o brigadeiro Eduardo Gomes. Muito carismático, ganhou a atenção dos eleitores. Para homenageá-lo, uma das senhoras que fazia parte do comitê que apoiava o brigadeiro, e era doceira de mão cheia, levou para o chá da tarde, um docinho feito de leite condensado, chocolate e ovos. A doceira, dona Heloísa Nabuco de Oliveira batizou a invenção de brigadeiro em homenagem ao candidato.

O brigadeiro Eduardo não venceu as eleições, mas o brigadeiro doce, ganhou os corações brasileiros e fez história.

Um brigadeiro pra ficar divino precisa de um bom chocolate, seja em pó ou em barra, e sempre a partir de 50% de cacau, pois a doçura fica por conta do leite condensado.

Ainda é possível acrescentar vários sabores ao brigadeiro… café solúvel, cognac, licores, raspas de laranja… Já está imaginando a festa de sabores na sua boca?

Para fazer brigadeiro vegano, existe no mercado algumas opções de leite condensado vegetal: de soja, de côco, de amêndoas… Eu ainda não testei este último, acredito que deve ficar muito bom. Já os de soja e côco deixam um gostinho residual. Recentemente a Nestlé lançou um feito de leite de arroz. Eu ainda não testei, mas quem usou disse que brigadeiro só dá pra fazer no copinho, pois ele não firma pra enrolar.

Então eu prefiro fazer o meu leite condensado de aveia, que não deixa gosto nenhum e engrossa bem, sendo possível fazer as bolinhas. Faça previamente e deixe na geladeira até o dia de usar. O meu ficou 3 dias num vidro com tampa, sem alterar em nada a sua textura ou sabor.

Veja aqui como fazer: ( https://alergiazero.blog/2022/08/24/leite-condensado-de-aveia/ )

No dia de fazer o brigadeiro só levei os ingredientes ao fogo e terminei de cozinhar.

Pode parecer estranho falar em leite condensado de aveia, mas este é um dos melhores substitutos para o tradicional leite condensado. E não fica com  gosto estranho… Aliás fica muito bom!

E com esse leite condensado você pode fazer vários outros docinho s de festa: beijinho (acrescente côco ralado), bicho de pé (acrescente gelatina em pó sabor morango e amido de milho), docinho de milho (bata no liqüidificador o leite condensado com milho verde cozido) e por aí vai…

Não sei vocês… Mas o meu preferido é brigadeiro!

Claro que nunca vai ser igual ao brigadeiro tradicional,  assim como maionese vegana não é igual à maionese com ovos, assim como bacon vegano nunca vai ser igual ao bacon real.

Mas pra quem não pode ingerir proteína do leite, principalmente crianças… Não tem alegria maior do que poder comer um brigadeiro delicioso como esse!

Se for fazer para crianças use um chocolate vegano 50% cacau, que é mais docinho. Mas se você gosta de chocolate 70%, aí seu brigadeiro vai ficar espetacular! Você encontra chocolate sem leite e sem glúten em lojas virtuais. É só digitar no Google e vai aparecer várias.

Pra finalizar use também um  granulado de qualidade e sem glúten é claro. Tem granulado que é mais macio e com mais teor de cacau. Vale a pena usar ingredientes de qualidade. O seu brigadeiro vai ficar tão bom quanto o tradicional!

Ah…Nesse brigadeiro não vai manteiga, pois o chocolate de derreter já tem uma parte de gordura: a manteiga de cacau. Então o seu brigadeiro vai ficar bem macio!

A massa tem que estar bem gelada pra fazer as bolinhas, então deixe na geladeira por umas 3 horas ou faça no dia anterior pra enrolar no dia seguinte. Depois volte à geladeira. Se não quiser fazer as bolinhas, pode por em copinhos, só cozinhe menos o brigadeiro.

Você também pode usar esse brigadeiro para rechear bolos!

E aí? Ficou com vontade?

Ingredientes para o brigadeiro:

  • 200g de leite condensado de aveia
  • 150g de chocolate picado 50% ou 70% cacau (Vegano e sem glúten)
  • 25g de chocolate em pó (50% cacau ou mais)
  • 100g de granulado de chocolate

Modo de preparo:

  1. Coloque o leite condensado e o chocolate picado numa panela e leve ao fogo. Abaixe a chama do fogo.
  2. Mexa com uma colher até derreter o chocolate.
  3. Adicione o chocolate em pó e continue mexendo até começar a desgrudar do fundo da panela.
  4. Despeje o brigadeiro quente numa travessa e espere esfriar. depois leve à geladeira coberto com filme plástico.
  5. Depois de 3 horas, está pronto para enrolar.
  6. Unte as mãos com margarina ou óleo de côco e faça bolinhas do tamanho desejado.
  7. Passe no granulado e coloque nas forminhas de papel.
  8. Volte à geladeira até a hora de servir. *

* O brigadeiro de aveia deve ser mantido na geladeira para não amolecer.

Rende aproximadamente 16 brigadeiros, dependendo do tamanho das bolinhas.

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