Café gelado

A história do café nos diz que este saboroso e viciante grão surgiu na Etiópia. Diz a lenda que um pastor de cabras notou que seu rebanho ficava mais saltitante depois de comer as frutinhas de um certo arbusto. Ele mesmo sentiu se com mais energia depois de experimentar as frutinhas.
Apesar de ser nativo da África, foi na Arábia que o café tornou se conhecido. A princípio era feito uma infusão com os frutos crus. Somente depois, com o seu comércio estabelecido, é que passou a ser torrado, para evitar que as sementes germinassem e assim manter o monopólio nas terras do Oriente.
Dizem que o café chegou ao Ocidente pela Holanda, que conseguiu algumas mudas. Depois de encantar vários países da Europa, como França e Itália, seguiu para as Américas.
E chegou ao Brasil, pelas mãos do sargento Francisco de Mello Palheta, que estava numa missão na Guiana Francesa, e que recebeu os famosos grãos pelas mãos da esposa do governador.
A história do café no Brasil é extensa. Durante séculos foi o alicerce da economia e ainda hoje é o maior produtor e exportador de café no mundo. E sem sombra de dúvida é uma paixão nacional.

Apreciado de diversas maneiras, seja puro, com leite, expresso ou coado, essa bebida tornou-se convite para encontros, reuniões, aquela pequena pausa no trabalho, ou só uma desculpa mesmo pra ver um amigo.

Não há nada mais estimulante do que uma xícara de café quentinho pela manhã!

E no calorão a gente faz o que? Toma café gelado! Supre a sua necessidade de cafeína e ainda é muito refrescante!
Essa receita é muito prática! E o melhor de tudo: fica cremoso, igual os cafés de cafeteria.
Pra fazer esse café, antes você precisa preparar aquela misturinha de café solúvel, água e açúcar. Bate tudo na batedeira e deixa guardadinho no freezer. E assim quando você quiser tomar um café cremoso, é só misturar com o leite da sua preferência, quente ou gelado. Super prático!
Eu ainda fiz um chantilly de coco pra finalizar, mas é totalmente opcional. Se você quiser fazer, é só bater leite de coco tradicional com um pouquinho de açúcar na batedeira ou na garrafa de chantilly (é aquela garrafa que vem com um cilindro de gás, da Isi). O leite de coco tem que estar bem gelado para montar o chantilly. Ah…se você for usar aquele de garrafinha de vidro, retire o leite de côco do vidro e coloque num tupawere pra gelar, do contrário você não consegue retirar o leite de côco do vidro.
Eu ainda polvilhei canela em pó em cima do chantilly! Ficou completíssimo!

Então vamos tomar um café?!

Você vai precisar de:
50g de café solúvel
250ml de água quente
200g de açúcar refinado
Bata na batedeira até ficar bem espumoso e firme.
Guarde em um pote fechado no freezer.

Para o café gelado eu usei leite de amêndoas e ficou muito gostoso, mas você pode usar o leite que você preferir.
Use um copo alto. Derrame nas laterais calda de chocolate, dessas de por em sorvete. Adicione pedras de gelo.
No mixer ou liquidificador, bata 250ml de leite vegetal com 2 colheres de sopa da mistura de café.
Coloque no copo e se desejar adicione chantilly de coco e canela em pó!
Agora é só se deliciar!

Para saber mais da história do café :
https://baristawave.com/historia-do-cafe-no-brasil/

https://www.graogourmet.com/blog/historia-do-cafe/

Castagnaccio di Lucca

Castagnaccio é um doce típico da Toscana. É um doce “pobre” no verdadeiro sentido da palavra, uma vez difundido nas áreas dos Apeninos, onde as castanhas eram a base do alimento das populações camponesas.

Durante a idade média a castanheira e seus frutos foram base de sobrevivência do camponês. A sua madeira era usada na construção de moradias. E seu fruto era base da alimentação, pois a polpa farinácea da castanha servia para fazer diversas preparações.

No Brasil esse fruto é conhecido como castanha portuguesa. Foi introduzida no Brasil pelos colonizadores e pelos imigrantes europeus.


Dizem que o inventor do doce italiano castagnaccio foi um lucchese. Lucca é uma cidadezinha medieval cercada de muros. Ao seu redor crescem florestas de castanheiras, pinheiros e carvalhos.
É um doce tipicamente outonal obtido por cozimento da castanha, água, azeite extra-virgem, pinoli e passas.

Com o uso do pinheiro nas construções e o milho e a batata como base da alimentação, a castanha teve um período de esquecimento. Com o período de pós segunda guerra, o doce foi redescoberto e hoje é o protagonista durante o outono em inúmeros festivais.
Variantes locais incluem a adição de outros ingredientes, como alecrim, casca de laranja ou frutas secas.

É um doce muito simples de se fazer. A receita original não contém açúcar. É a uva passa e a própria castanha que conferem um leve sabor doce. Eu acrescentei um pouco de açúcar mascavo e achei que ficou muito bom. Tem como característica a superfície craquelada e o interior macio, contrapondo com o crocante das nozes.

Com as nozes no lugar dos pinolis, resultou num sabor menos amanteigado e mais marcante. Além de mais econômico, pois pinóli é muito caro por aqui.
O acompanhamento ideal para o castagnaccio é a ricota ou mel com uma boa taça de vinho novo ou vinhos doces como o vin santo.

Na Itália, as castanhas precedem o inverno, são colhidas durante o outono. No estado de São Paulo amadurecem no final do verão até meados do outono.

Ao analisar sua composição nutricional, conclui-se que a castanha portuguesa é um alimento saudável por ser uma boa fonte de nutrientes essenciais, fonte de energia, proteínas que apresentam bom perfil de aminoácidos, fibras, minerais, vitaminas A, B1, B2 e B3. E possui baixo conteúdo de gordura.

Além de toda essa vantagem nutricional, é uma ótima opção para substituir a farinha branca nas preparações, pois não contém glúten.

Então vamos à receita, que é muito fácil!

Vamos à receita:

Ingredientes:

  • 350g de farinha de castanha portuguesa. Para obter a farinha, cozinhe pelo menos 500g de castanhas na panela de pressão por 30 minutos. Escorra, deixe esfriar. Corte as castanhas ao meio e com uma colher retire a polpa. Coloque no processador até a polpa ficar bem fina.
  • 450 ml de água morna
  • 70g de uva passa preta, previamente hidratada em 1 dose de cognac ou água morna
  • 60g de açúcar mascavo
  • 60g de nozes picadas
  • 2 colheres de sopa de azeite extra virgem
  • 2 colheres de sopa de alecrim picado (opcional)

Modo de preparo:

  1. Preaqueça o forno à 200g ºC.
  2. Unte uma forma redonda de 30cm.
  3. Misture bem a farinha de castanhas com a água. Acrescente o açúcar e o azeite. Adicione uma parte das passas e das nozes e reserve uma parte para finalizar.
  4. Coloque na forma a massa e distribua por cima o restante das nozes e passas.
  5. Se desejar acrescente alecrim fresco picado.
  6. Regue a massa com um fio fino de azeite.
  7. Asse por 30 minutos ou até que a massa esteja craquelada.
  8. Sirva morno ou frio. Pode ser acompanhado de mel, ricota fresca e vinho de sobremesa.

Serve 8 fatias.

Se desejar saber mais sobre esse prato acesse aqui: https://it.wikipedia.org/wiki/Castagnaccio

Para mais informações sobre a castanha portuguesa: https://www.todafruta.com.br/castanha-portuguesa/#:~:text=Os%20frutos%20s%C3%A3o%20chamados%20de,consumidas%20no%20Brasil%20%C3%A9%20importada.

Overnight oats

Você sabe o que é overnight oats? Traduzindo ao pé da letra, nada mais é do que aveia da noite anterior.

É uma preparação de aveia em que se adiciona um leite, iogurte, frutas, sementes, etc… E deixa na geladeira pra comer na manhã seguinte.

Pra quem gosta de uma alimentação saudável é excelente! E muito prática também. Pra quem começa com o dia corrido, o café da manhã jé está pronto na geladeira. Dá pra levar para o trabalho numa bolsinha térmica, pode ser o lanche da tarde… Se você é como eu que não se satisfaz só com duas castanhas, essa receita é pra você!

Além de súper saudável é muito gostosa! Até criança gosta. Saborize o leite vegetal com chocolate, coloque banana fatiada, regue com calda de chocolate e sirva no café da manhã ou mande no lanchinho da escola! É um ótimo jeito de servir aveia pra criança.

Eu gosto dessas 3 versões que aparecem nas fotos: De frutas vermelhas (geléia de morango e mirtilo) com iogurte. O clássico de banana, aveia e mel. E de frutas tropicais (manga, mamão e kiwi) com iogurte.

Na noite anterior, separe os ingredientes e o pote que vai usar. De preferência um pote com tampa. Eu gosto desses potes de vidro que comprei para por geléia, mas pode ser qualquer um que você tiver em casa. Se não tiver potes de vidro, pode usar um pequeno tupawere. Uma boa medida é 200ml. E se você for deixar em casa, pode usar um potinho de sobremesa e cobrir com filme plástico.

Comece colocando a aveia em flocos no fundo do pote, adicione um pouco do seu leite vegetal preferido, pode ser de aveia, de castanhas, de arroz… O que eu mais gosto é o de amêndoas. O bom é que já tem marcas boas no mercado. Escolha o seu ou prepare antes o seu leite vegetal caseiro. Veja aqui no blog como fazer leite de aveia: https://alergiazero.blog/2019/01/26/leite-de-aveia-sem-gluten/

Acrescente a fruta escolhida:. banana, manga, mamão, kiwi, morangos, mirtilos ou amoras.

Geléias caseiras também ficam ótimas junto com o iogurte. Eu fiz uma de morangos com pouco açúcar. Também adorei o sabor da geléia de manga e maracujá que minha irmã me presenteou.

Boas opções de iogurtes para alérgicos à proteína do leite, são os iogurtes de côco.

Manga, aveia e leite de côco fazem uma combinação perfeita. Para enriquecer ainda mais, coloque sementes de chia.

Use sua criatividade e coloque seus ingredientes preferidos! Se quiser, ainda dá pra adicionar uma granola por cima de tudo. Mas leve separado, e coloque só na hora de comer para não murchar.

Não tem segredo: uma camada de aveia e leite vegetal, uma camada de fruta, um pouco de iogurte, que é opcional, outra camada de aveia e leite vegetal… Tampe e deixe pernoitar na geladeira.

Pronto! Um café da manhã saudável, prático e muito gostoso!

Vamos à receita!

Base de aveia:

  • 4 colheres de sopa de aveia em flocos sem glúten
  • 6 colheres de sopa de leite vegetal de sua preferência

Frutas variadas: Banana nanica em rodelas, mamão em cubos, manga em cubos, kiwi em cubos, morangos cortados, mirtilos e amoras. Estes dois últimos podem ser congelados.

Opcionais: iogurte de côco, geléias, chia, mel, cobertura de chocolate sem glúten, granola…

Modo de preparo:

  1. Comece misturando a aveia e o leite vegetal, deve ficar bem úmido, pois a aveia vai absorver parte do liquido.
  2. Coloque metade da aveia ensopada de leite no fundo do pote.
  3. Acomode os pedaços de frutas. Se desejar acrescente 1 colher de sopa de iogurte.
  4. Coloque a outra parte da aveia.
  5. Coloque mais uma camada de fruta.
  6. Regue com mais um pouco de leite vegetal.
  7. Feche o vidro e deixe na geladeira até o dia seguinte.
  8. Se desejar, na hora de comer acrescente granola.

Também é possível colocar a aveia seca no pote, as frutas e depois completar com o leite vegetal.

Neste caso faça assim:

  • Coloque 2 colheres de sopa de aveia no vidro.
  • Adicione as frutas e 1 colher de sopa de iogurte.
  • Adicione mais 2 colheres de sopa de aveia.
  • Outra camada de frutas.
  • Complete com leite vegetal até em cima.
  • Com uma faca de mesa ou um palito, mexa um pouquinho para o leite se acomodar entre os ingredientes. Acrescente mais leite. Deve ficar bem úmido.
  • Leve à geladeira.

Bolo de Natal

Quem disse que no Natal só pode ter panetone e chocotone?

O bolo de Natal é um bolo de frutas tipicamente assado numa forma retangular (embora não obrigatoriamente). Tem uma massa compacta, que, na receita tradicional leva bastante manteiga, açúcar, frutas cristalizadas e frutos secos, como nozes e avelãs, e que na época de Natal é feito com antecedência e regado com um licor .

Cada país tem o seu bolo natalino, diferem em formas, texturas e sabores, mas todos tem em comum o acréscimo de frutas.

A referência mais antiga do bolo de frutas é do tempo dos antigos romanos e incluía sementes de romã, pinhões e passas numa papa de cevada. Existem também relatos da Idade média e dos cruzados, que levavam este bolo nas suas viagens.

Em Portugal, é o Bolo rei que leva frutas cristalizadas e nozes. Na Itália tem o panetone; na Alemanha tem o “stollen”, e, na Inglaterra, há o “Christmas cake”. No Brasil, adotamos dos italianos a tradição do panetone.

Esse bolo de frutas tem um perfume e sabor de laranja bem acentuados, por conta de uma pasta de laranja cozida. Para a massa ficar mais leve, é acrescentada aquafaba (liquido do cozimento do grão de bico) batida em neve com açúcar impalpável. Coloquei somente frutas cristalizadas, mas é possível adicionar cerejas picadas e nozes ou outras castanhas.

Faça na véspera de Natal e você terá um bolo delicioso para o café da manhã!

Feliz Natal e boas festas!

Ingredientes:

  • 150g de pasta de laranja ( Cozinhe 2 laranjas Pera inteiras com água na panela de pressão por 10 minutos. Retire da panela, espere esfriar, corte ao meio e retire as sementes. Bata somente as laranjas no liquidificador. Guarde num recipiente tampado na geladeira)
  • 100g de aquafaba batido em ponto castelo com 60g de açúcar impalpável
  • 130g de farinha de arroz
  • 40g de amido de milho
  • 50g de farinha de amêndoas
  • 120g de açúcar refinado
  • 10g de fermento químico
  • 1 colher de café de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de café de goma xantana
  • 200g de creme de leite *
  • 100ml de suco de laranja
  • 140g de frutas cristalizadas, passadas na farinha de arroz

* Para veganos ou alérgicos à leite, use 120ml de leite de côco

Modo de preparo:

  1. Unte uma forma de pão com óleo de côco. Reserve.
  2. Numa tigela misture todos os ingredientes secos. Reserve.
  3. Na batedeira, coloque a aquafaba e bata até fazer picos firmes, adicione o açúcar impalpável e bata mais um pouco. Reserve.
  4. Adicione aos ingredientes secos o creme de leite, a pasta de laranja e o suco de laranja.
  5. Bata com a batedeira por alguns minutos para que a goma xantana deixe a massa mais firme.
  6. Adicione a aquafaba em neve e misture delicadamente.
  7. Despeje na forma untada e coloque as frutas cristalizadas . Dê leves batidas com a forma na bancada para que as frutas desçam um pouco.
  8. Asse no forno pré aquecido à 240ºC por 40 minutos ou até ficar levemente dourado em cima.
  9. Retire do forno e deixe esfriar. Desenforme. E depois de frio, polvilhe açúcar impalpável para servir.

Rende 8-10 fatias.

Bolo Mármore

O bolo mesclado, mais conhecido como Bolo Mármore, é um bolo simples no qual são misturadas massa branca com massa tradicional de chocolate, colocado às colheradas na forma, alternando as duas massas. Depois de assado, descobre-se um lindo marmoreado.

A cobertura de chocolate é opcional. Além de ficar mais gostoso ainda, também preserva a umidade do bolo.

Com ou sem a cobertura de chocolate, esse bolo sempre faz sucesso na mesa, seja no café da manhã ou no lanche da tarde.

Levou algum tempo pra acertar essa receita, pois como em todo bolo sem glúten, a massa tem que ser mais molinha. E é aí que eu me deparava com o problema, como alternar as massas? Elas se misturavam logo que colocava na forma. Se fizesse a massa mais firme, o bolo ficava seco depois de assado.

Mas por fim, consegui adaptar a receita, e ficou maravilhosa! A massa ficou leve e se comportou muito bem na forma.

Eu fiz um bolo grande e usei uma forma de pão. Mas também fica perfeito na forma de buraco no meio ou naquelas formas decoradas de bundt cake.

A massa branca ou massa base é muito simples, só coloquei umas gotinhas de essência de baunilha. E para a massa não ficar muito pálida, coloque 1/2 colher de café de chocolate em pó, isso basta pra dar uma corzinha à massa, é bem pouquinho mesmo!

Já a massa de chocolate, leva alfarroba em pó, que acrescenta um sabor rico e marcante ao chocolate. Se você não encontrar alfarroba, pode usar cacau em pó no lugar, mas experimente usar a alfarroba, vale cada mordida! Ela é facilmente encontrada em lojas de produtos naturais.

Parece ser uma receita trabalhosa, mas não é. Na verdade é um bolo simples, onde se separa uma porção de massa para adicionar o chocolate. Depois , às colheradas, coloca-se a massa na forma, e com um palito de churrasco, mistura-se delicadamente as duas cores.

Para a cobertura, é só derreter um chocolate meio amargo com uma colher de chá de óleo de côco. Despejar sobre o bolo frio e levar ao freezer para endurecer.

Como eu disse, esse é um bolo grande, mas você pode fazer a receita pela metade se desejar um bolo menor, mas eu faria a receita toda, assim você vai ter bolo no café da manhã, no lanche da tarde, no café da manhã de novo… Espero que gostem!

Vamos à receita!

Ingredientes:

  • 200g de farinha de arroz
  • 120g de amido de milho
  • 180g de açúcar refinado
  • 15g de fermento químico
  • 1 colher de café de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de café de goma xantana
  • 1/2 colher de café de chocolate em pó.
  • 200ml de leite de côco integral (se estiver muito calor, abra a garrafinha, coloque num tupaware e deixe na geladeira antes de usar, assim o leite de côco fica mais espesso)
  • 200ml de água
  • 1 colher de chá de essência de baunilha
  • 50g de chocolate em pó 50% cacau
  • 15g de alfarroba em pó
  • 100g de chocolate meio amargo + 1 colher de chá de óleo de côco para a cobertura (opcional)

Modo de preparo:

  1. Misture todos os ingredientes secos, menos o chocolate em pó e a alfarroba.
  2. Adicione o leite de côco e 150ml de água.
  3. Misture bem, pode ser na batedeira.
  4. Separe metade da massa em outra tigela.
  5. Numa das tigelas, adicione a baunilha e 1/2 colher de café de chocolate em pó.
  6. Na outra tigela, adicione o chocolate em pó, a alfarroba e os 50ml de água restante.
  7. Misture bem a massa de chocolate.
  8. Numa forma untada com óleo de côco, coloque porções das duas massas, alternando-as. Use uma colher de sopa para por a massa na forma. Faça duas camadas.
  9. Com um palito de churrasco, misture as duas cores, delicadamente.
  10. Leve para assar em forno pré aquecido à 240ºC, por 40 minutos, ou até a massa estar assada e levemente corada nas laterais. Use um palito de dente para ver se a massa assou.
  11. Deixe esfriar um pouco, desenforme e coloque para esfriar completamente sobre uma grade.
  12. Depois de frio, despeje a cobertura de chocolate se for usar. Leve ao freezer por alguns minutos para endurecer.
  13. Para fazer a cobertura, é só derreter o chocolate com o óleo de côco.

Rende um bolo grande.

Pãozinho de batata doce e linhaça

Imagine um pãozinho leve, macio e muito, muito gostoso! Imaginou? Agora imagina esse pãozinho sem glúten, sem ovo, sem lácteos e ainda super nutritivo! É totalmente possível!

É ótimo no café da manhã, no lanche da tarde ou a hora que você quiser! Estou pensando agora, que dá pra fazer maior e usar como pão de hamburguer! Vou testar!

Eu fiz nas forminhas de cupcake, mas qualquer outra forminha vai servir. As minhas forminhas são de silicone, que facilita muito, pois não precisa nem untar, não gruda nada. Se você não tem dessas, pode usar as de alumínio, mas precisa untar. Só não use as de papel, a massa gruda e não solta. Vale a pena comprar as forminhas de silicone, são baratinhas e muito práticas. É necessário o uso de forminhas porque a massa é bem molinha, se não por na forminha, ela vai achatar.

Além de muito gostoso, esse pãozinho é muito saudável.

É rico em fibras, pois contém batata doce, psyllium e linhaça.

A batata doce, além de ser bem acessível, tem inúmeros benefícios à saúde, entre eles:

  • Previne o envelhecimento precoce
  • Mantém a saúde do intestino
  • Ajuda a regular o metabolismo
  • Fortalece os sistema imune 
  • Favorece o aumento de massa muscular, já que fornece a energia necessária para o treino;
  • Promove a saúde do coração

Além disso, devido ao seu teor de fibras, o consumo de batata doce faz com que o açúcar no sangue eleve-se de forma mais lenta e aumenta a sensação de saciedade, podendo ser consumida em pequenas quantidades por pessoas com diabetes e que estejam realizando uma dieta para baixar de peso.

Existe 4 tipos de batata doce: a de massa branca e casca roxa, a de massa branca e casca branca , a de massa roxa e de massa amarela. Eu usei nessa preparação a de massa branca .

https://www.tuasaude.com/beneficios-da-batata-doce/

A linhaça é ótima fonte de ômegas 3 e 6, por isso, ela só traz vantagens à sua dieta, além de ser um importante agente antioxidante e renovador celular. Ela é rica em fibras e gorduras boas. A farinha dessa semente, muitas vezes substitui o ovo nas preparações, pois junto com a água forma um gel, trabalhando como agente aglutinante nas massas.

A semente de linhaça também não é cara. E você pode usar em várias preparações.

https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/12030-linhaca-7-motivos-para-consumir-e-melhorar-sua-saude

O psyllium é uma fibra alimentar que é muito usada em dietas, pois causa saciedade e ajuda a emagrecer. Também é ótima aliada no combate ao colesterol, ajuda a baixar a glicemia, controla a pressão arterial, entre outros.

https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/20322-psyllium

Vamos à receita!

Ingredientes:

  • 100g de farinha de arroz
  • 80g de amido de milho
  • 200g de batata doce cozida e amassada
  • 10g de fermento biológico seco
  • 10g de psyllium
  • 1/2 colher de café de goma xantana
  • 40g de açúcar demerara
  • 1/2 colher de chá de sal
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 10g de farinha de linhaça
  • 5g de fermento químico
  • 30g de fubá
  • 30g de sementes de linhaça dourada
  • 350ml de água morna

Modo de preparo:

  1. Coloque na tigela da batedeira todos os ingredientes, sendo a água por último.
  2. Bata por uns 3 minutos, até a massa começar a ficar pesada nas pás da batedeira.
  3. Coloque uma colher de sopa cheia da massa na forminha de silicone.
  4. Alise a superfície da massa com os dedos molhados.
  5. Polvilhe sementes de linhaça por cima.
  6. Deixe em local fechado para crescer. Pode ser no forno pré aquecido e desligado, por 30 minutos.
  7. Ligue o forno e asse à 240ºC por 40 minutos ou até dourar levemente.

Ah! Esse pãozinho não precisa esperar esfriar, pode comer quentinho! Humm!!!

Rende 15 pãezinhos.

Focaccia sem glúten

Particularmente, eu nunca achei muita graça nesse tipo de pão achatado, regado com muito azeite e sal grosso, mas depois que vi uma receita com a cobertura de vegetais, que mais parecia uma obra de arte, eu precisava fazer! E confesso que mudei minha opinião, passei a adorar essa massa!

Focaccia é uma preparação que pode ser salgada ou doce, que normalmente é feita com uma massa fermentada, parecida com a massa de pão. É bem untada e achatada numa assadeira com as mãos. Faz-se então buracos com os dedos, que abrigam poças de azeite e os demais temperos. A focaccia mais famosa é a genovesa, coberta somente com azeite e sal.

As evidências do consumo da focaccia estão presentes na História da civilização, mais precisamente entre os etruscos, que descobriram que dá certo misturar água e cereais para fazer uma pasta e então cozinhá-la na fornalha. Depois, os romanos passaram a fazer este pão. Aliás, “focacius” é “cozido nas cinzas”, em latim.

A focaccia é o ancestral de preparações maravilhosas que conhecemos hoje, como as pizzas e tortas salgadas. Ela era consumida como pão, que podia também ser recheado com outros ingredientes disponíveis (queijos, carnes , vegetais e etc.).

Esse antigo pão era o alimento mais precioso do homem. Era objeto de cultos religiosos, oferenda para deuses e um alimento que se comia em grandes festejos.

A massa de focaccia diferencia da massa do pão por ser bem hidratada, para poder ser esticada na assadeira. Nesse ponto, a massa sem glúten funcionou muito melhor que a tradicional de trigo, pois recebe mais água no preparo.

E a cobertura fica a seu critério. Experimente colocar tudo o que você gosta! Eu coloquei pimentão amarelo, tomatinho cereja, azeitonas pretas, cebola roxa, cenouras cortadas em florzinhas, cebolinha verde, salsinha, alecrim e tomilho. Quanto mais ingredientes, mais sabores!

Além de deliciosa, fica linda! Imagine servir no lanche da tarde! Ah… No dia seguinte também fica ótima, é só esquentar na frigideira.

Vamos à receita?

Ingredientes:

  • 150g de farinha de arroz
  • 50g de polvilho doce
  • 50g de amido de milho
  • 3g de goma xantana
  • 5g de fermento químico
  • 10g de fermento biológico
  • 20g de açúcar demerara
  • 5g de sal
  • 10g de psyllium hidratado em 50ml de água morna
  • 150g de purê de batata
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 350ml de água morna

Cobertura:

  • 5 colheres de sopa de azeite extra virgem
  • sal grosso moido na hora
  • alecrim, salsa, tomilho ou orégano
  • vegetais à gosto

Modo de preparo:

  1. Misture todos os ingredientes secos.
  2. Adicione o purê de batata, o psyllium hidratado e o azeite.
  3. Adicione a água morna aos poucos e bata com a batedeira por uns 2 minutos. A massa deve ficar grudenta.
  4. Cubra com filme plástico e deixe descansar em local fechado, pode ser no forno ou dentro do microondas, por 1 hora ou até dobrar de tamanho.
  5. Enquanto a massa descansa, corte os vegetais. Corte tiras de pimentões, corte tomatinhos ao meio, tire o caroço das azeitonas, corte as cebolas em fatias, separe as cebolinhas e folhas de salsa.
  6. Pré aqueça o forno à 220ºC.
  7. Unte uma assadeira retangular de 30x40cm.
  8. Coloque a massa na assadeira e com as mãos úmidas de água, estique a massa, deve ficar com menos de 1 cm de espessura, pois vai crescer ainda.
  9. Com as pontas dos dedos faça furos por toda a massa.
  10. Regue com o azeite e sal grosso.
  11. Comece então à decorar sua focaccia, distribua os vegetais como quiser. Use sua imaginação!
  12. Se for usar cebola roxa, regue-a com um pouquinho de azeite para não ressecar.
  13. Leve para assar por 30-40 minutos ou até as bordas estarem douradas.
  14. Retire do forno e espere esfriar para cortar.

P.S.: Se sobrar massa, modele pãezinhos, deixe crescer e asse por 20/30 minutos. Também ficam ótimos!

Quer saber mais sobre a história desse pão? Acesse aqui http://www.forksnroses.co/article/focacciabread/

Pão italiano sem glúten

É estimado que o pão tenha surgido há 12 mil anos, na Mesopotâmia, juntamente com o cultivo do trigo. Os pães eram feitos de farinha de cereais misturada com o fruto do carvalho.

Antes de ser utilizada para fazer o pão, a farinha de diversos cereais era usada na preparação de sopas e mingaus. Depois, se passou a adicionar à farinha outros ingredientes, como mel, azeite doce, mosto de uva, tâmaras esmagadas, ovos e carnes moídas, formando-se bolos, que teriam precedido o pão propriamente dito. Esses bolos eram cozidos sobre pedras quentes ou sob cinzas. Consta que a utilização de fornos de barro para o cozimento de pães remonta ao VII milênio a.C., pelos egípcios. Aos egípcios também é atribuída a descoberta do uso de líquido fermentado à massa para torná-la mais leve e macia.

Na Antigüidade, tanto os deuses como os mortos, quer sejam egípcios, gregos ou romanos, eram honrados com oferendas de animais e flores em massa de pão. Era comum, também, entre egípcios e romanos, a distribuição de pães aos soldados, como complemento de soldo, costume que perdurou até a Idade Média.

O Pão foi levado para a Europa pelos gregos. No Império Romano, a princípio, o pão era feito em casa pelas mulheres, para o consumo da família. Após, passou a ser fabricado em padarias públicas, dando origem assim aos primeiros padeiros. Isso teria acontecido, segundo o filósofo romano Plínio, o Antigo, depois da conquista da Macedônia, em 168 a.C.

Com a queda do Império Romano, e da organização por ele imposta ao mundo, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão. Assim, pela comodidade, o pão voltou a ser fabricado sem fermento e achatado, o pão ázimo. Embora existissem fornos e moinhos, o sistema feudal permitia seus usos somente para o consumo próprio. Só os castelos e os conventos possuíam padarias.

Foi somente com a invenção de novos processos de moagem da farinha que a indústria da panificação teve seu desenvolvimento. Se antes os grãos de cereais, principalmente o de trigo, eram triturados em moinhos de pedra manuais, passou-se para moinhos movidos a animais, após para os movidos a água, e depois pelos moinhos de vento. São de 1784 os primeiros moinhos movidos a vapor. No ano de 1881 ocorre a invenção dos cilindros, que muito contribuiu para o aprimoramento na produção do pão.

Quer saber mais sobre a história do pão? Veja aqui:https://super.abril.com.br/historia/pao-os-primeiros-14-mil-anos-de-historia/

Não dá pra dizer que existe um pão típico da Itália, assim como temos o pão francês ou pão de água, no Brasil. Na Itália existem cerca de 300 tipos de pães de formas e sabores diferentes, dependendo da região.

No Brasil, o pão italiano ficou conhecido por ser arredondado, possuir casca dura e sabor levemente azedo.

Fazer este pão sem glúten foi um desafio! Pesquisei e testei várias receitas que encontrei, mas foi essa última que me deixou satisfeita. Foi a que mais se aproximou do sabor característico do pão italiano. Ou seja, deixou um leve gostinho azedo à massa.

Para dar a forma arredondada, deixei a massa na geladeira por 72 horas. Ela ficou firme e assim pode ser assada sem perder a sua forma arredondada. As massas sem glúten são mais molengas e exigem uma assadeira ou forma para crescerem para cima. Deixando a massa descansar na geladeira, ela manteve o formato.

Com esse pão pude fazer as deliciosas brusquetas, que só devem ser feitas com pão italiano, nunca com pão francês!

Eu assei este pão em um antigo forno à lenha, feito de barro. Ele esquentou muito e o pão assou super rápido. Mas na sua casa você usa o seu forno convencional. Você só precisa de uma panela que possa ir ao forno. Pode ser de pedra, cerâmica, inox com fundo triplo ou ferro, essa última é a melhor, pois guarda bem o calor do forno.

Quando for assar o seu pão, aqueça bem o forno e coloque a panela com a tampa dentro. Deixe 10 minutos e retire se esquentou bem. Use luvas para se proteger, a panela fica bem quente.

Coloque a massa do pão na panela, tampe e volte ao forno à 250ºC por 40 minutos ou até que esteja bem dourado.

Retire do forno e da panela e espere esfriar sobre uma grade.

Pronto! Você tem um pão italino sem glúten!

Ingredientes:

  • 200g de farinha de arroz
  • 100g de polvilho doce*
  • 55g de aveia em flocos * hidratada e escorrida
  • 10g de farinha de linhaça dourada
  • 15g de psyllium hidratado em 125ml de água
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de sopa de vinagre de maçã
  • 200ml de água morna

Fermentação:

  • 15g de fermento biológico seco
  • 2 colheres de sopa de açúcar demerara
  • 100ml de água morna.

*Certifique-se de que são livres de glúten.

Modo de preparo:

  1. Comece pela fermentação: Junte os ingredientes em um recipiente de vidro. Cubra com um pano limpo.
  2. Misture as farinhas na tigela da batedeira.
  3. Adicione o psyllium hidratado, a aveia escorrida e o azeite.
  4. Quando o fermento já estiver pronto, deve espumar bem. Junte à mistura de farinhas. Adicione aos poucos a água morna e comece a bater. Adicione o vinagre e mais água se necessário. A massa deve ficar como massa de bolo. Molenga e grudenta.
  5. Coloque um filme plástico cobrindo a tigela e deixe em um local fechado para crescer. Quando tiver dobrado de tamanho pode guardar na geladeira. Pode ficar até 7 dias, sempre olhando para não criar umidade dentro da tigela.
  6. No dia de assar, retire a massa da geladeira e espere 1 hora para ficar na temperatura ambiente.
  7. Aqueça o forno à 250ºC por 10 minutos. Coloque a panela escolhida com a tampa.
  8. Unte um pedaço de papel manteiga com óleo. Vire a tigela e deixe a massa cair no papel com cuidado. Com as mãos umedecidas comece a dar a forma arredondada ao pão. Evite apertar demais.
  9. Retire a panela do forno e segurando o papel manteiga, coloque o pão na panela, junto com o papel. Tampe e volte ao forno por 40 minutos ou até dourar. Cuidado ao tirar a tampa para ver o pão e não se queimar.
  10. Retire do forno e espere esfriar um pouco para tirar o pão da panela.
  11. Espere esfriar para cortar.

Bolachinhas da primavera

Essas são as bolachinhas mais lindas que você vai ver hoje!
É o que acontece quando você gosta de arte, de cozinhar e de plantas!
Em homenagem a primavera que está chegando, a Gabi e eu fizemos estas bolachinhas lindas e deliciosas, com florzinhas comestíveis que crescem no campo.
Depois de observar a grande variedade de florzinhas minúsculas e delicadas, fiz uma pesquisa e identificação das que encontrei por aqui. E para minha surpresa, a maioria é comestível. Com a ajuda do Grande Livro das Plantas Medicinais, de catálogos on-line e de textos sobre o assunto, pude identificar várias plantas, além do Dente de leão e da Serralha que eu já conhecia.
As flores comestíveis também entram na categoria das PANCs: Plantas Alimentícias Não Convencionais.
Não convencionais é relativo, pois o que é estranho em uma determinada região pode ser comum em outra.
O fato é que nos distanciamos tanto da natureza e ficamos tão dependentes da medicina alopática que o remédio pode estar literalmente no nosso quintal.
Muitas vezes essas plantinhas espontâneas, tidas como mato, podem resolver pequenos problemas de saúde sem a necessidade de uso de medicamentos caros e que nos tornam dependentes da indústria farmacêutica.
Sempre gostei de saber mais sobre plantas medicinais. Acho que é a memória de vida passada, onde devo ter sido bruxa. Alguém que ama cozinhar, adora plantas, adora gatos….só pode ser bruxa! Na verdade o mito da bruxa foi criado pela medicina e assim afastar as pessoas das parteiras e curandeiras.
Tenho muitas paixões, não conseguiria me definir pela minha profissão, aliás acho que quando a gente se define a gente se limita. E minhas paixões não tem fim…
Gosto muito de ler e de escrever. Por este motivo escolhi o blog como plataforma de difusão das minhas receitas.
Dedico este em especial ao meu companheiro de vida Massimo Morgantini, que me incentiva a escrever e gosta de ler os meus textos.
Para as bolachinhas, colhi flor de alface selvagem, flor de tiririca, flor de trevo, pincel de estudante ou serralhinha, flor de ervilha selvagem, pimpinela escarlate, flor de azedinha… Também usei folhinhas de hortelã e erva doce para inserir um pouco de verde, e estas, dão um sabor adocicado e refrescante às bolachinhas.
Se você não tiver acesso às florzinhas, faz só a bolachinha com a cobertura. Ficam deliciosas! A cobertura é o chocolate que você gosta, eu usei branco pra destacar o colorido das florzinhas, mas pode ser ao leite ou mais dark. E se tiver alergia à leite, tem muitas marcas veganas que não contém leite de origem animal. Escolha o seu favorito!

As bolachinhas ficam macias e não muito doces, o chocolate cumpre o papel de adoçar a massa. E cada bolachinha tem um sabor diferente, dependendo da florzinha que vai sobre ela. Tem florzinha que é mais doce, outras são azedinhas… Mas todas ficaram muito gostosas! E foi muito legal montar as bolachinhas, cada uma (Gabi e eu) criando sua arte. Ela já quer fazer de novo!

Depois de colhidas, deixei em água com hipoclorito. Enxaguei e deixei secar sobre um pano de prato. Aproveitei para separar as florzinhas por cores, e assim facilitar na hora de colocar sobre as bolachinhas.

Rendeu 12 bolachinhas de 6,5cm

Vamos à receita?!

Ingredientes:

  • 250g de farinha de arroz
  • 140g de açúcar refinado
  • 1 colher de chá de fermento biológico seco
  • 1 colher de chá de fermento químico
  • 1 colher de sopa de psyllium
  • 1 colher de café de goma xantana
  • 3 colheres de sopa de óleo de côco
  • 1 colher de sopa de açúcar (para a fermentação)
  • 200 ml de leite de amêndoas morno (ou outro leite vegetal)

Modo de fazer:

  1. Misture o leite morno com o fermento biológico e 1 colher de açúcar e reserve por uns 5 minutos coberto com um pano.
  2. Misture todos os outros ingredientes e quando o fermento já estiver pronto (deve estar bem espumado) adicione à mistura.
  3. Mexa bem com as mãos. A massa fica grudenta.
  4. Unte as mãos com óleo de côco. Com a ajuda de uma colher, retire uma pequena porção da massa e achate-as na palma da mão moldando a bolachinha.
  5. Coloque as bolachinhas em uma assadeira somente untada.
  6. Leve pra assar à 220ºC por 20/30 minutos, ou até que estejam douradas só por baixo. Elas não devem ficar coradas.
  7. Depois assadas retire do forno e coloque sobre uma grade para esfriar.
  8. Depois de completamente frias, derreta e tempere o seu chocolate. *
  9. Com uma colher ou espátula pequena passe o chocolate nas bolachinhas e decore com as florzinhas, se for usar…
  10. Leve ao freezer por 2 minutos, só para endurecer o chocolate.

Guarde em um recipiente fechado. Mas não vai durar muito… Acabam rapidinho!

*Para saber como temperar o chocolate assista o vídeo da Dani Noce!

O chocolate fica firme e não derrete nas mãos na hora de comer. Vale a pena temperar! Ela ensina um modo diferente de temperar, não precisa despejar na bancada… Prático e sem sujeira!

Pão de sorgo, sarraceno e linhaça

Sem gluten, sem ovos, sem lácteos

Este pão ficou lindo, fofinho, saboroso e com um perfume maravilhoso! Sem gluten, sem ovos, sem leite! Parece mentira né?

Isso foi possível graças a uma mistura de farinhas, pois não é fácil fazer um pão crescer sem o bendito glúten. É ele o responsável por fazer uma rede e prender o fermento, e assim não murchar depois do crescimento.

No pão sem glúten é preciso usar essa mistura de farinhas que contenham fibras e agentes aglutinantes, para formar uma massa grudenta parecida com a massa de glúten.

Além da isenção do glúten, proteína que pode causar problemas digestivos, inchaço, diarreia, constipação, fadiga, dores de cabeça e outros sintomas, essa mistura de farinhas tende a ser mais fácil de digerir e tolerar.

São elas: farinha de sorgo, farinha de trigo sarraceno, farinha de linhaça, farinha de arroz, polvilho de mandioca e ainda psyllium, um tipo de fibra que ajuda na digestão e tem vários benefícios.

Existe no mercado um mix pronto para fazer o pão sem glúten. Já fiz e ficam muito bons. Mas como todo produto industrializado, tem o incoveniente de levar conservantes, aromatizantes e outros “antes” que a indústria de alimentos usa. Então eu prefiro fazer a minha mistura. E ainda fica mais barato!

O sorgo é um grão integral impressionante. Nutrientes como ferro, vitaminas do complexo B, fibras e proteínas estão presentes em sua composição, além de ser surpreendentemente rico em antioxidantes, como compostos fenólicos e antocianinas que ajudam a reduzir a inflamação e diminuir os danos dos radicais livres. Não seria demais permanecer jovem comendo pão? Rsrs

A farinha feita a partir do sorgo tem uma cor bege ou branca , levemente texturizada e com sabor suave e doce. Ela tem a capacidade de prevenir certos tipos de câncer, ajudar a controlar o diabetes, melhorar a saúde digestiva, construir ossos fortes, promover o desenvolvimento de glóbulos vermelhos e aumentar a produção de energia, além de uma alternativa segura para pessoas com doença celíaca e sensibilidade ao glúten.

A ingestão frequente da farinha de sorgo pode ajudar a eliminar o colesterol ruim e rejuvenescer suas artérias. A alta quantidade de fibra presente no grão ajuda a literalmente raspar e remover o LDL (colesterol ruim) de suas artérias.

O trigo sarraceno na verdade é uma semente, e não um cereal como o trigo comum. Ele também é conhecido como trigo mourisco, possui casca bastante dura e cor rosa escura ou castanha, estando presente principalmente no sul do Brasil. É um parente mais próximo do arroz do que do trigo.

Seus principais benefícios à saúde são: melhorar a circulação sanguínea, reduzir o risco de hemorragias, fortalecer os músculos e o sistema imunológico, prevenir doenças e o envelhecimento precoce, melhorar o trânsito intestinal, prevenir doenças cardiovasculares, reduzir a produção de gases e a má digestão. 

A linhaça é ótima fonte de ômegas 3 e 6, por isso, ela só traz vantagens à sua dieta, além de ser um importante agente antioxidante e renovador celular. Ela é rica em fibras e gorduras boas. A farinha dessa semente, muitas vezes substitui o ovo nas preparações, pois junto com a água forma um gel, trabalhando como agente aglutinante nas massas.

O psyllium é uma fibra alimentar que é muito usada em dietas, pois causa saciedade e ajuda a emagrecer. Também é ótima aliada no combate ao colesterol, ajuda a baixar a glicemia, controla a pressão arterial, entre outros.

Além de todos os benefícios nutricionais dessas farinhas, elas deixam o pão com um sabor incrível. Fica levemente adocicado, lembra o sabor do malte do pão australiano.

E esse pão você pode comer quentinho logo que sai do forno, não precisa esperar esfriar como os outros pães sem glúten que se cortados quentes ficam abatumados. Ainda bem, porquê é tortura sentir o cheirinho de pão fresco e não poder comer.

Você vai precisar de uma batedeira comum e uma forma de pão.

A massa de pão sem glúten tem que ficar molenga, então precisa de uma forma. Só o pão italiano mantém a sua forma arredondada, mas o processo é diferente. Esse fica para um outro post!

Vamos à receita:

Ingredientes:

  • 15g de psyllium
  • 250ml de água morna
  • 20g de farinha de linhaça, pode ser a marrom ou a dourada
  • 45g de farinha de trigo sarraceno
  • 45g de farinha de sorgo
  • 40g de polvilho doce
  • 60g de farinha de arroz
  • 10g de fermento químico
  • 10g de fermento biológico seco
  • 30g de açúcar
  • 1colher de chá de sal
  • +250ml de água morna
  • 2 colheres de sopa de azeite

Preparo:

  1. Bata o psyllium com a água morna na batedeira até ficar gelatinoso. reserve.
  2. Numa tigela, adicione todos os ingredientes secos.
  3. Adicione à eles a água morna, o azeite e o gel de psyllium.
  4. Misture muito bem. Use a batedeira.
  5. Coloque numa forma somente untada com azeite.
  6. Deixe em um local protegido de vento para crescer. Pode ser dentro do microondas. Coloque um recipiente com água quente para manter o local aquecido.
  7. Asse à 240ºC por 40 minutos e depois por mais 20 minutos em forno baixo.
  8. Retire do forno e quando conseguir segurar a forma, pode desenformar.

Opcional: Pode colocar sementinhas de linhaça na massa e por cima dela antes de levar ao forno.

Fontes:

Sorgo : https://www.mundoboaforma.com.br/13-beneficios-da-farinha-de-sorgo-o-que-e-para-que-serve-como-fazer-e-receitas/

Trigo sarraceno: https://www.tuasaude.com/beneficios-do-trigo-sarraceno/

Linhaça: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/12030-linhaca-7-motivos-para-consumir-e-melhorar-sua-saude

Psyllium: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/20322-psyllium

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